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31 de mar. de 20181 min de leitura
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PROJETO DE FORMAÇÃO AUDIOVISUAL
E MOSTRAS
PARA POVOS INDÍGENAS
Confira as ementas e propostas das edições 2018 e 2019 na página SOBRE!
As oficinas são:
REALIZAÇÃO AUDIOVISUAL (20H)
Ministrada por Alice Gouveia com monitoria de Alexandre Pankararú e Graci Guarany
ELABORAÇÃO E GESTÃO DE PROJETOS (7 H)
Ministrada por Carla Francine e Mauro Lira
CINECLUBISMO (4H)
Ministrada por Mauro Lira e Carla Francine
POVOS BENEFICIADOS NA PRIMEIRA EDIÇÃO:
JANEIRO A MARÇO DE 2018
XUKURÚ DO ORORUBÁ
Os Xukuru, mais de 8,5 mil pessoas, habitam a Serra do Ororubá, no município de Pesqueira, estado de Pernambuco. São um dos povos mais organizados politicamente em conselhos de Saúde, Educação, Juventude, etc. Os registros da ocupação nessa região desses índios datam do século XVI, ao longo dos anos sofreram violentos processos de expropriação de suas terras. Em 1988 sofreram com o assassinato do cacique Xikão Xukurú, um importante líder desse povo, fez com que o povo se unisse ainda mais em torno da causa da homologação das terras indígenas, homologada em 2001. A crença na natureza sagrada é outra característica importante desse povo, distribuído em 25 aldeias.
FULNI-Ô
Um dos primeiros povos indígenas a serem reconhecidos no Brasil. O povo Fulni-ô é um dos únicos povos do nordeste que é bilingue, e a sua língua nativa é conhecida como o Yathê. Esta língua faz parte do cotidiano do povo, sendo ensinada na matriz curricular nas escolas da aldeia, sendo ponto fundamental em sua preservação cultural.Habitam o agreste meridional de Pernambuco, e na parte central das terras da reserva indígena se encontra assentada a cidade de Águas Belas rodeada totalmente pelo território Fulniô.
PANKARARU
Os Pankararús habitam a região do Sertão de Itaparica, abrangendo os municípios de Petrolândia, Jatobá e Tacaratú. A etnia é conhecida pela forte atuação de lideranças femininas, como a cacica Hilda e a líder Elisa Pankararú. Hoje são mais der 7,5 mil pessoas, organizados em diversas aldeias nas TIs Pankararú e Entre Serras, cada uma com dois caciques. Ainda enfrentam problemas como a entrusão de suas terras, e outros como a transposição do Rio São Francisco, as construções de barragens, como a de Itaparica, que resultou na inundação de parte das suas terras originais, além da ameaça da construção de uma usina nuclear no município de Itacuruba. Os praias são grande referência das tradições e religiosidade desse povo.
KAMBIWÁ
O povo Kambiwá, ocupam uma TI na região dos municípios de Ibimirim e Inajá, em Pernambuco. Ainda hoje enfrentam problemas para o reconhecimentop total das suas terras, pincipalmente o da Serra Negra, terriotório tradicional transformado em Reserva Biológica Nacional, região que habitam no periododo Ouricuri, em Novenmbro, quando fazem seu retiro e rituais, que também conta com os praiás, com suas vestimentas tradicionais, que representa fisicamente os encantados. Têm na educação indígena forte lastro para manutenção da cultura tradicional.
KAPINAWÁ
Habitam a região do Vale do Catimbau, no município de Buíque. Os Kapinawá mantêm as suas tradições, dando um destaque ao Toré, e ao Coco que dançam e celebram nos sítios arqueológicos do Vale. As relações entre estado, religião, política, preservação da cultura e identidade dos índios são temas frequentes nas rodas de diálogo que promovem entre as antigas lideranças e os jovens das comunidades.
1ª MOSTRA CINEMA DE ÍNDIO
Após todas as oficinas realizadas foram feitas mostras em cada um dos povos reunindo todos os filmes resultantes da oficina de Realização Audiovisual. Confira o cronograma:
12/03/2018 PANKARARU - Aldeia Carrapateira - Na Frente da Escola Princesa Isabel - TI Entre Serras (Tacaratu)
13/03/2018 KAMBIWÁ - Aldeia Baixa da Alexandra - No campinho de futebol - TI Kambiwá (Inajá)
14/03/2018 KAPINAWÁ - Aldeia Mina Grande - Na frente da Igreja - TI Kapinawá (Buíque)
15/03/2018 XUKURU DO ORORUBÁ - Aldeia Cimbres - TI Xukuru de Cimbres (Pesqueira-PE)
16/03/2018 FULNI-Ô - Aldeia Fulni-ô - Na frente da Igreja Ns S. da Conceição - TI Fulni-ô (Águas Belas-PE)
POVOS BENEFICIADOS NA SEGUNDA EDIÇÃO:
DEZEMBRO DE 2018 E JANEIRO DE 2019
ATIKUM
Os Atikum-Umã são um povo indígena brasileiro que habita o Sertão de Pernambuco. A terra indígena Atikum, com uma área de 15.276 hectares e uma população de 7.924 índios, está localizada na Serra do Umã, no município de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco. A presença dos indígenas na Serra do Umã data do século XIX. Segundo documentos de 1801, esses índios, sob a denominação de Umãs juntamente com outras tribos, foram aldeados no local onde permaneceram até 1819, quando a aldeia foi abandonada após vários conflitos.Em 1825, houve a dispersão de diversos grupos indígenas pelo sertão de Pernambuco, tendo os Umã se dirigido para região da Serra Negra. Os Atikum não conservam mais a língua nativa, salvo raras palavras ainda mencionadas nos cantos do Toré.
PANKARÁ
Pankará é um povo indígena que vive nas serras do Arapuá e da Cacaria, município pernambucano de Carnaubeira da Penha. São cerca de 2500 pessoas. Assim como os demais povos indígenas na região, à exceção dos Fulni-ô, os Pankará são falantes do Português. Contudo, no seu universo lingüístico apresentam uma série de discursos, palavras e metáforas, que constituem o universo semântico do português falado na Serra do Arapuá. No geral não difere do discurso étnico encontrado entre os demais povos indígenas no Nordeste.
PIPIPÃ
O Povo Pipipã é um grupo indígena do Sertão de Pernambuco, que durante muito tempo foi considerado extinto, que foi aldeado entre a Serra do Periquito e a Serra Negra, ambas no estado de Pernambuco, no início do Século XIX. Hoje os Pipipã são cerca de 2.050 índios espalhados na ribeira do Pajeú, entretanto, os dados sobre a população têm sido sempre imprecisos como entre a maioria dos povos indígenas. Atualmente os seus descendentes reivindicam a demarcação da área da Serra Negra como Pipipã de Kambixuru. Desde o Século XX, os Pipipã estavam integrados aos índios Kambiwá. Hoje os Pipipã constituem grupo dissidente Kambiwá, que reivindica estudo de terras que contemple a Serra Negra e adjacências, áreas historicamente pleiteadas pelos Kambiwá e Pipipã, e que não foram inseridas na TI Kambiwá, homologada em 1998, com 31.495 ha.
TRUKÁ
Os Truká vivem na Ilha da Assunção no médio Rio São Francisco no município de Cabrobó. Estão estimados em 3.463 habitantes e tem seu território com uma superfície de 5.769ha. A aldeia da Assunção foi fundada provavelmente em 1722, e ficava situada em uma grande ilha com esse mesmo nome (Costa Jr. 1942). Em 1761, de uma simples aldeia de índios, originalmente situada na extremidade ocidental da ilha, prosperou tanto que teve o predicamento de paróquia. De acordo com o Mapa da Demarcação (provisória) elaborado pela FUNAI, a TI Truká possui dimensão de 9.688,4350 ha., incluindo a ilha de Assunção e um complexo de ilhotas em torno da mesma, contabilizando um total de 66 (FUNAI, em 22/11/2002). Os Truká crêem que os Encantados moram na Ilha da Onça onde realizam rituais como o Toré e consomem a jurema.
2ª MOSTRA CINEMA DE ÍNDIO
Após todas as oficinas realizadas foram feitas mostras em cada um dos povos reunindo todos os filmes resultantes da oficina de Realização Audiovisual. Confira o cronograma:
07/01/2019 PIPIPÃ - Aldeia Travessão do Ouro - Escola Indígena Joaquim Roseno dos Santos - Terra Indígena Pipipã (Ibimirim-PE)
12/01/2019 PANKARÁ - Aldeia Amarra Pé -Casa de Apoio Pakará Pacarati - TI Pankará (Carnaubeira da Penha-PE)
17/01/2019 ATIKUM - Aldeia Poço da Pedra - Associação Indígena de Agricultores Agrícolas de Poço da Pedra - TI Atikum (Salgueiro-PE)
22/01/2019 TRUCÁ - Aldeia Sabonete - Escola Estadual Capitão Dena – Ilha De Assunção - TI Truká (Cabrobó-PE)